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- Liga de Comércio Internacional PUC-Rio
- 15 de set. de 2023
- 2 min de leitura
Rio de Janeiro, 06 de Setembro de 2023
Por: Danielle Falcão; Geovana Maira; Cléo Luz

A expansão do BRICS e as novas influências globais

O BRICS anunciou a inclusão de seis novos membros: Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Essa expansão representa um triunfo para a China, consolidando sua posição dominante no bloco e ampliando sua projeção de poder global. Inicialmente contrários, Brasil e Índia aceitaram a mudança ...com a condição de estabelecer alguns critérios
Em determinado momento, os chineses defenderam a entrada de todos os 22 países que se candidataram ao bloco, com nomes como Belarus, Venezuela e Cuba.
A mudança evidencia o aumento da influência chinesa no bloco, agora com 36% do PIB mundial, ultrapassando o G7. Um diplomata fez uma observação bem-humorada sobre o crescente peso da China no grupo, referindo-se ao país como um “membro do 'G2' com aspirações a se tornar o 'G1”.
A Índia tenta se beneficiar da rivalidade EUA-China, enquanto o Brasil busca independência, dialogando com EUA e UE, expandindo influência na América Latina e África.
Brasil e Índia buscam ampliar relações comerciais: com ênfase no setor agrícola.

O Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com o Embaixador da Índia, Suresh Reddy, para discutir questões relacionadas à agropecuária e fortalecer as relações bilaterais. Fávaro apresentou o maior programa de produção sustentável de alimentos do mundo, que visa converter pastagens improdutivas em áreas agrícolas, sem desmatamento, para aumentar a produção de alimentos no Brasil.
O embaixador indiano elogiou o projeto e convidou o Brasil para participar da World Food Índia, uma grande feira agrícola, destacando o interesse indiano em sucos e frutas tropicais, como o açaí. Fávaro agradeceu o convite e mencionou a possibilidade de enviar uma missão comercial para apresentar as agroindústrias brasileiras ao mercado indiano. Em 2022, o comércio agrícola entre os dois países totalizou US$ 2,95 bilhões em exportações brasileiras, com destaque para o óleo de soja, e US$ 178 milhões em importações, principalmente produtos têxteis indianos, com base no Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AgroStat).
Brasil e Japão debatem expansão de comércio: investimentos e neoindustrialização

O secretário-executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, e o governador da Província japonesa de Aichi, Ohmura Hideaki, discutiram a ampliação dos laços econômicos entre o Brasil e o Japão.
Aichi destaca-se pelos setores automotivos, tecnológicos e industriais, tendo a maior concentração de brasileiros no Japão e possuindo mais de 50 empresas operando no Brasil, entre elas a Toyota.
Elias Rosa ressaltou o projeto brasileiro de neoindustrialização, o potencial de crescimento bilateral com o novo o Novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), e medidas como a nova regra fiscal e simplificação tributária. O Japão é um dos principais investidores estrangeiros no Brasil, assim como o Brasil é o maior parceiro comercial, especialmente na área automotiva, do Japão.
Arte por: Bruna Ferreira; João Paulo Lattanze
Edição Final por: Beatriz Waehneldt da Silva
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