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Artigo - O papel da China no comércio internacional contemporâneo

Por: Anna Carolina Nascimento


Fonte: LogComex

Introdução 

     É notória a ascensão da China como uma das potências centrais do comércio internacional, remodelando as dinâmicas econômicas globais. Este crescimento espetacular tem sido sustentado por uma estratégia robusta de exportação, investimentos maciços em infraestrutura e uma política governamental focada na inovação e no desenvolvimento tecnológico, o que fez com que a China se tornasse um aliado comercial indispensável, sendo o maior parceiro comercial da maioria dos países do mundo, assim, expandindo sua influência global e construindo novas relações comerciais.


Estratégias da China

        Se hoje a China pode competir de igual para igual com economias avançadas, isso se deve a estratégias que foram usadas pelos chineses para que pudessem se inserir no comércio internacional como um país relevante. Entre elas está a criação de zonas comerciais (ZEEs) em 1980, que atraíram investimentos estrangeiros e estimularam o desenvolvimento de indústrias que eram voltadas à exportação. Foi a partir dessas zonas que a China se tornou uma espécie de “mercado mundial”,  já que permitiu que materiais de todos os tipos fossem exportados, desde tecnologia/eletrônicos até itens de vestuário. Além disso, seus investimentos internos em tecnologia e inovações foram indispensáveis para consolidar sua posição como líder global em tecnologia.

       

A nova rota da seda e acordos bilaterais 

       Além das inovações tecnológicas, a China buscou expandir sua influência comercial a partir da nova rota da seda (Belt and Road), sob a liderança do presidente Xi Jinping em 2013, que consiste em revitalizar as antigas rotas comerciais da Rota da Seda e intensificar as relações entre China e outros continentes como Europa, Ásia e África. Ao financiar e construir portos, ferrovias e rodovias, a China não só facilita o comércio com outros países, mas também fortalece seus laços econômicos e políticos com outras nações. 

     Outro fator importante da estratégia Chinesa são os acordos bilaterais, que foram estabelecidos visando a sua maior inserção e acesso  ao mercado exterior, um exemplo disso seria sua participação na OMC ( Organização mundial do comércio) e o BRICS.  Esses Acordos além de facilitarem o comércio, também promovem a cooperação entre os países membros, gerando uma interdependência econômica entre eles.


Relação CHINA e EUA

É de conhecimento geral que os Estados Unidos e a China tem uma relação instável e com a ascensão chinesa, essa relação se tornou ainda mais complexa, já que a potência norte-americana se sentiu ameaçada com o crescimento econômico chinês. O que caracteriza a relação entre esses dois países seria a interdependência e a competição, visto que apesar de competirem pelo mesmo papel, o de grande potência mundial, ainda precisam um do outro, já que muitos produtos são fabricados na China, porém usando tecnologia norte americana e vice versa, alimentando essa interdependência. Além do fato de ambos países exportarem produtos um para o outro, como eletrônicos, veículos, roupas etc. Porém, essa interdependência não anula o fato de que esses países são rivais, um exemplo claro disso foi em 2018 no governo de Donald Trump, em que Trump anunciou taxas sobre produtos que afetavam a China, que prontamente retaliou sobre produtos estadunidenses, criando o que pode ser chamado de Guerra cambial entre esses dois países.  

    Com impactos que vão além das fronteiras econômicas, a maneira como essas duas nações gerenciam suas diferenças e identificam oportunidades de colaboração será crucial para a estabilidade e prosperidade global nas próximas décadas.


Desafios 

Apesar de estar triunfando economicamente, a China também enfrenta desafios, como o citado anteriormente sobre as tensões entre China e Estados Unidos. Um fator importante é a desigualdade interna, visto que o modelo investimento-exportador chinês, apesar de se mostrar muito eficiente, também gerou uma desigualdade que não existia anteriormente. Outro fator seria o consumo de recursos naturais, que na China consegue ser 4 vezes maior que nos Estados Unidos, o que demonstra certa dificuldade da China em aderir às políticas de sustentabilidade, principalmente por causa de seu consumo de água e dos problemas com resíduos.


Pontos positivos 

Contudo, apesar de todos os desafios, a China passa por uma ótima fase, como seu desenvolvimento econômico acelerado,  o que ajudou em diversas questões internas como a diminuição do  número de pessoas abaixo da linha da pobreza, assim como gerou mais empregos, o que estimulou o consumo interno da população chinesa. Sua expansão comercial para além das suas fronteiras também foi essencial, pois colocou a China como um dos maiores importadores e exportadores do mundo, o que contribuiu para o aumento dos fluxos comerciais globais. Além do fato de que a China é um dos países que lidera as questões de tecnologia e inovações, possuindo papéis importantes na tecnologia 5G, inteligência artificial, entre outros. 

 

Conclusão 

Assim, a China emergiu como uma potência indiscutível no comércio global, impulsionando não apenas sua própria economia, mas também desempenhando um papel fundamental na economia mundial. Seu crescimento, baseado em investimentos em infraestrutura, tecnologia e inovação, tem sido um motor para o desenvolvimento econômico global. No entanto, apesar desses desafios, o futuro da China no comércio internacional é promissor, então para manter essa trajetória de crescimento, a China precisará enfrentar seus desafios de forma proativa, adotando políticas que promovam a sustentabilidade, a igualdade econômica e a cooperação internacional. 

         


Fontes 









 
 
 

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